O fim

Já estava de noite. O céu estava muito escuro, sem estrelas brilhando e a lua para iluminar. Estava chovendo, e eu ali. Estava na rua sozinha com o meu guarda-chuva vermelho. Estava a vagar sem rumo e direção, pensando em você, e talvez na hipótese nostalgica de que te encontraria e você ficasse ali comigo, na escuridão da noite. Pensando que você me traria segurança. Eu estava com medo. A chuva ficava cada vez mais forte, dando estrondos no céu, e confesso que, isto, me deu muito medo. Minha respiração estava muito intensa e alta, fazendo me perder o ar. Ouvia ruídos de carros e outras coisas que não conseguia identificar, mas a rua estava deserta. O vento repuxava meu guarda-chuva com força, fazendo-o levantar, e batia em minha face, enquanto eu olhava as grandes casas ao meu redor. Eu estava ficando congelada. A noite estava fria e impiedosa. Estava cansada em procurar-lhe. Você não estava ali. Não me aqueceria em teus braços e não me faria compania. Foi então que, pela última vez deixei que o vento batesse mais uma vez em minha face. E decidi que esse seria o fim.